sexta-feira, 30 de agosto de 2013

“Exemplos” - Aécio Neves para a Folha de S.Paulo

Nas últimas semanas, grande parte da atenção da opinião pública voltou-se para as questões que envolvem a nossa juventude, que ganharam inédita importância com as manifestações que sacudiram o país.
À juventude costuma-se sempre agregar a noção de futuro, do que ainda está por ser realizado.
Mas a resignação em adiar projetos e soluções para um tempo que ainda virá não deixa de ser uma forma de transferirmos indefinidamente responsabilidades. E de perdoarmos a nós mesmos, enquanto sociedade, por tudo o que ainda não fomos capazes de fazer.

Duro mesmo é reconhecer que o Brasil de hoje já é o Brasil do futuro que várias gerações imaginaram e pelo qual muitos trabalharam. E mais duro ainda é reconhecermos que certamente estamos muito aquém do que tantos brasileiros sonharam. E mereciam.
Penso nisso estimulado pela disseminação da percepção de que vivemos uma autêntica revolução e que ela nos coloca no portal de um mundo que inaugura novas relações sociais e humanas, provocadas por enormes transformações tecnológicas. Ainda que seja constatação verdadeira, quando apresentado e endeusado como valor absoluto, o novo acaba por transformar em obsoleto o que veio antes.
Muitas vezes, a sensação que parece prevalecer é que quase tudo o que nos trouxe até aqui já não faz tanto sentido. Será?

Lembrei-me de Ruy Castro e de suas crônicas recheadas de ironia e inteligência, aqui mesmo nesta Folha, onde volta e meia nos alerta para o reconhecimento que devemos a nomes importantes da nossa cultura.
O puxão de orelhas é pertinente.

Um bom exercício de educação civilizatória é a percepção do papel insubstituível de brasileiros que fazem grande diferença. Antonio Candido é um exemplo. O professor e pensador, que recentemente completou 95 anos, continua a nos oferecer o seu valioso patrimônio de ideias.

Foi, aliás, com especial alegria que, em 2007, tive a oportunidade de manifestar-lhe a admiração dos mineiros entregando-lhe o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, então na sua primeira edição.
O professor é referência de idoneidade intelectual, espírito cívico e dignidade pessoal. Sua obra atesta o compromisso radical com a compreensão da realidade à sua volta. Literatura é vida, ele generosamente nos ensina.

Há dois anos, numa entrevista em Paraty, ele se confessou "um homem do passado, encalhado no passado".
O mestre estava errado. O seu legado, ético e intelectual, longe do ancoradouro das coisas envelhecidas, ilumina um caminho permanente de amor e respeito pelo Brasil.

Homens assim, independentemente da idade ou do tempo em que vivam, serão sempre referência do futuro que precisamos ser.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Vida política de Aécio Neves

Atualmente com 52 anos, o senador do partido tucano, Aécio Neves, já conta com aproximadamente 30 anos de experiência na política. O fato se deve, pois desde muito cedo o mineirinho, natural de Belo Horizonte, mostrou gosto pela política. Também pudera, o senador pertence a uma família com forte tradição na área. Filho do ex-deputado federal Aécio Ferreira da Cunha e de Inês Maria Neves Faria, Aécio Neves é neto do o ex- presidente da República, Tancredo Neves.

Foi com o incentivo do avô, que conquistou seu primeiro cargo na vida pública, em 1983,  começando como secretário particular de Tancredo Neves, que na época era governador de Minas Gerais. Em sua biografia a presença dos estudos sempre foi uma constante, quando mais novo Aécio Neves mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, a fim de que seu pai pudesse participar de um curso na Escola Superior de Guerra e foi nesta cidade que ele concluiu o 2º grau pelo Colégio São Vicente de Paulo. Após voltou a Minas Gerais, onde se graduou em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), em Belo Horizonte, no ano de 1984.








Ao longo de sua biografia é possível encontrar grandes realizações, entre as quais merecem destaque sua participação ativa na formulação da Constituição Brasileira, coroando o processo de redemocratização do país. Além disso, Aécio Neves também apresentou 46 emendas, entre as quais se destaca a que instituiu o direito ao voto para os jovens entre 16 e 18 anos.

A biografia política de Aécio Neves sempre contou com vitórias consagradoras nas urnas. Para o Governo de Minas, em 2002, foram 5.282.043 votos ou 58% dos votos válidos e a maior votação da história do estado até então, eleito em primeiro turno. Tornou-se o primeiro governador de Minas a vencer no primeiro turno. Na reeleição em 2006, conseguiu 7.482.809 de votos, ou o equivalente a 77,03% dos votos válidos, novamente um recorde. Como candidato por Minas Gerais, atingiu a marca de 7.565.377 votos.