O diretório municipal do PSDB de São Paulo aprovou na noite
da última terça-feira (27), por unanimidade, um pedido de expulsão do deputado
federal Walter Feldman, um dos coordenadores do processo de criação da Rede
Sustentabilidade.
A corregedora-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) ministra Laurita Vaz, negou pedido de liminar feito pela ex-senadora
Marina Silva para obrigar os cartórios eleitorais a publicarem a lista das
assinaturas em apoio ao partido Rede Sustentabilidade que não foram validadas
dentro o prazo.
Marina Silva, que tenta criar o Rede, alega que os cartórios
estão descumprindo o prazo legal de 15 dias para validar as assinaturas. No
entanto, no entendimento da ministra do TSE, o pedido não tem amparo legal.
O presidente do partido na capital, Milton Flávio, disse à
Folha que a decisão se deve ao fato de Feldman
não ser apenas um apoiador do
novo partido de Marina Silva, mas um dirigente e pré-candidato ao governo do
Estado.
"O diretório entendeu, por unanimidade, que essa
postura é incompatível com a permanência do deputado no partido", disse
Flávio, que é ligado politicamente ao secretário estadual de Energia, José Aníbal.
A decisão foi acompanhada pelo senador Aécio Neves do PSDB
de Minas Gerais, que como presidente do partido posicionou-se a favor da
expulsão do deputado.
Feldman disse à Folha que a decisão municipal difere da
postura que o PSDB nacional adotou em relação à Rede.
"Tenho tido um diálogo o mais transparente possível com
a direção nacional do partido. Nunca deixei de comunicar todos os meus passos
na criação da Rede", afirmou.
Ele negou que esteja em discussão sua eventual candidatura
pela sigla de Marina e considerou "obscurantista" a decisão do
diretório municipal tucano.
"Não estranho que uma atitude dessas seja tomada por um
diretório comandado pelo Milton Flávio, e ela em nada combina com a postura dos
grandes lideres tucanos, como FHC, Geraldo Alckmin, Aécio Neves do PSDB e José
Serra", afirmou.
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