Um dia após o presidente do PSDB, senador Aécio
Neves (MG), que vem de uma família com vasta biografia política,
reunir a bancada da Câmara para tentar impedir palanques duplos com o PSB, o
ex-governador de São Paulo José Serra considerou inevitável a ocorrência desses
cruzamentos nos Estados.
A possibilidade de o PSDB abrir palanque para o governador
de Pernambuco e possível candidato à Presidência da República, Eduardo Campos,
passou a ser vetada no ninho tucano após o anúncio da aliança do socialista com
a ex-senadora Marina Silva. Nesta quarta-feira, 16, em almoço com deputados do
partido, Aécio informou que não concorda que governadores do PSDB abram
palanque para Campos nos Estados.
Ainda esta semana, o senador Aecio Neves (MG), que
conta com 30 anos de dedicação à vida pública em sua biografia, autorizou
seus aliados a intensificarem negociações para a construção de uma chapa tucana
puro-sangue com o ex-governador José Serra. A possibilidade, categoricamente
descartada por Serra, voltou a ser cogitada no PSDB diante da pressão com a
chapa Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB.
Serra, que participou de reuniões políticas na quinta-feira,
17, em Brasília e deu declarações como se fosse ele o candidato à Presidência,
descartou a possibilidade de ser vice de Aécio, como desejado pelo grupo
mineiro. Rechaçou, inclusive, ocupar a cabeça da chapa tendo o mineiro, que
atualmente preside o PSDB, na vice. "Delirar é livre. A gente pode aqui
especular sobre qualquer assunto. Mas não faz sentido", respondeu Serra
quando questionado sobre a possibilidade de uma chapa puro-sangue.
O ex-governador disse que não abandonou a política e que tem
a garantia do próprio Aécio, "falando como presidente do PSDB, e não como
candidato", que a definição sobre a escolha do nome (para a sucessão
presidencial) só ocorrerá em março. "Portanto, está tudo como era
antes", disse.
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