quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Para o presidente do PSB paulista, Márcio França, o primeiro adversário é Aécio Neves

Aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, o presidente do PSB paulista, Márcio França, está sendo pressionado pela Rede, que passou a fazer parte da legenda, a se afastar dos tucanos e lançar um candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes. Principal interlocutor de Eduardo Campos no Estado, França acha que seria um erro seguir esse caminho. O plano defendido por ele é que Campos tenha espaço no palaque de Alckmin.

"No PSB os diretórios estaduais têm autonomia. É claro que é preciso bom senso. Sou próximo do Eduardo e jamais faria algo que pudesse prejudicá-lo. Não dá para chegar agora e apertar o delete em tudo", diz França. Para ele, o primeiro adversário é Aecio Neves (PSDB). "Não dá para imaginar um 2.º turno sem a Dilma. Sendo assim, precisamos encontrar mecanismos para equilibrar o jogo. Em São Paulo, pelo menos em tese, o Aécio Neves teria uma vantagem muito grande, já que o Estado é governado pelo PSDB. Se o PSDB tiver São Paulo e Minas, será praticamente impossível para Campos chegar ao 2.º turno. Desde o começo eu tive a missão de fazer a aproximação entre Alckmin e Eduardo".

O presidente do PSB paulista diz que Alckmin abriu espaço para o PSB, oferecendo várias secretarias. "Ele nos ajudou muito na eleição de 2012 em cidades importantes, como Campinas. É claro que, oficialmente, ele fará campanha para o candidato do PSDB. Mas sinto que existe uma simpatia. Campos e Alckmin são parecidos em muita coisa", afirma França. Questionado em que eles seriam parecidos, o pessebista diz que Geraldo e o Aécio são "antagônicos" em alguns comportamentos. "O Geraldo é muito ligado à família, já o Aécio casou agora. Faz uma semana. Sinto também que, quando o Geraldo foi candidato à Presidência, o envolvimento de Minas na campanha não foi muito grande".


Para França, dividir o palanque com Kassab ou Skaf é uma possibilidade. "O Skaf foi do PSB e saiu pela porta da frente. Toda a engenharia da criação do PSD foi feita conosco. Havia a possibilidade até de fusão. Mas a preferência é o Geraldo. A prioridade é fechar com ele". 

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