quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aécio Neves não planeja sair como candidato a vice-presidente em 2014

 Em relação as eleições de 2014, o senador Aécio Neves, pré-candidato pelo PSDB em 2014, disse que não está nos seus planos sair candidato a vice-presidente. Segundo ele, as chapas serão resolvidas a partir de abril, incluindo a própria candidatura do PSDB. "Até lá, teremos de gastar muita sola de sapato pelo Brasil, incluindo fóruns internacionais para falarmos com investidores, que cada vez mais estão se afastando do Brasil. Haja visto os leilões vazios para concessões do setor rodoviário e pré-sal, como reflexo da atuação do atual governo. Temos de ver o setor privado como parceiro, não como inimigo."
Ainda esta semana, na terça-feira o senador Aecio Neves, provável candidato pelo PSDB em 2014, abriu palestra do BTG Pactual em Nova York. Confiram trechos do discurso do mineiro: “Aqui compareço na condição de presidente do PSDB, a principal força de oposição ao governo federal no Brasil. Somos um partido de orientação social democrata que governou o país por oito anos com o presidente Fernando Henrique e construiu ali um novo arcabouço econômico e de políticas sociais empreendeu uma extensa agenda de reformas e de modernização do país.
Para quem ainda não está familiarizado com a política brasileira, o PSDB, o partido que presido nacionalmente hoje, governa oito estados e mais da metade da população brasileira, e algo em torno de 54% do Produto Interno Bruto nacional.
Trago à reflexão um pouco do Brasil do nosso tempo. Nossos avanços, nossas angústias, mais em especial os desafios que ainda temos de superar.
Com avanços inquestionáveis, mas também com déficits muito grandes, o Brasil se aproxima de uma nova encruzilhada, entre o nítido esgotamento do atual modelo de desenvolvimento e a necessidade da implementação de uma nova agenda, agora também reclamada pelas ruas do Brasil. Certamente os senhores e as senhoras acompanharam as manifestações populares recentes que tomaram conta das ruas das principais cidades brasileiras.”
E, diferente da Primavera Árabe, do Occupy Wall Street ou mesmo dos Indignados da Espanha, houve o transbordamento da tolerância dos brasileiros com omissões do governo e problemas estruturais que permanentemente têm sido adiados.
A partir daí, também, em razão do emblemático processo que ficou conhecido no Brasil como Mensalão, onde a mais alta Corte de Justiça puniu e condenou alguns dos principais líderes do partido atualmente no poder, em razão de desvios de recursos públicos, usados para sustentar sua base no Congresso. Houve uma conjunção de todos esses fatores.

A este sentimento, somou-se uma percepção latente sobre a grave insuficiência de serviços públicos de qualidade e a renitente ineficiência do Estado brasileiro. Reforçou-se a sensação contraditória entre o Brasil promissor e emergente e a realidade de um país onde tudo ainda está por ser feito.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário