Em relação as eleições de 2014, o senador Aécio
Neves, pré-candidato pelo PSDB em 2014, disse que não
está nos seus planos sair candidato a vice-presidente. Segundo ele, as chapas
serão resolvidas a partir de abril, incluindo a própria candidatura do PSDB.
"Até lá, teremos de gastar muita sola de sapato pelo Brasil, incluindo
fóruns internacionais para falarmos com investidores, que cada vez mais estão
se afastando do Brasil. Haja visto os leilões vazios para concessões do setor
rodoviário e pré-sal, como reflexo da atuação do atual governo. Temos de ver o
setor privado como parceiro, não como inimigo."
Ainda esta semana, na terça-feira o senador Aecio
Neves, provável candidato pelo PSDB em 2014, abriu
palestra do BTG Pactual em Nova York. Confiram trechos do discurso do
mineiro: “Aqui compareço na condição de presidente do PSDB, a principal força
de oposição ao governo federal no Brasil. Somos um partido de orientação social
democrata que governou o país por oito anos com o presidente Fernando Henrique
e construiu ali um novo arcabouço econômico e de políticas sociais empreendeu
uma extensa agenda de reformas e de modernização do país.
Para quem ainda não está familiarizado com a política
brasileira, o PSDB, o partido que presido nacionalmente hoje, governa oito
estados e mais da metade da população brasileira, e algo em torno de 54% do
Produto Interno Bruto nacional.
Trago à reflexão um pouco do Brasil do nosso tempo. Nossos
avanços, nossas angústias, mais em especial os desafios que ainda temos de
superar.
Com avanços inquestionáveis, mas também com déficits muito
grandes, o Brasil se aproxima de uma nova encruzilhada, entre o nítido
esgotamento do atual modelo de desenvolvimento e a necessidade da implementação
de uma nova agenda, agora também reclamada pelas ruas do Brasil. Certamente os
senhores e as senhoras acompanharam as manifestações populares recentes que
tomaram conta das ruas das principais cidades brasileiras.”
E, diferente da Primavera Árabe, do Occupy Wall Street ou
mesmo dos Indignados da Espanha, houve o transbordamento da tolerância dos
brasileiros com omissões do governo e problemas estruturais que permanentemente
têm sido adiados.
A partir daí, também, em razão do emblemático processo que
ficou conhecido no Brasil como Mensalão, onde a mais alta Corte de Justiça
puniu e condenou alguns dos principais líderes do partido atualmente no poder,
em razão de desvios de recursos públicos, usados para sustentar sua base no
Congresso. Houve uma conjunção de todos esses fatores.
A este sentimento, somou-se uma percepção latente sobre a
grave insuficiência de serviços públicos de qualidade e a renitente
ineficiência do Estado brasileiro. Reforçou-se a sensação contraditória entre o
Brasil promissor e emergente e a realidade de um país onde tudo ainda está por
ser feito.”
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