Ex-governador José Serra, finalmente, desistiu de seu sonho
de concorrer pela terceira vez à Presidência da República; a decisão de ficar
no PSDB e, digamos, apoiar Aécio Neves foi tomada durante reunião com
presidenciável tucano, na segunda-feira 30, em São Paulo; gesto de Serra
transfere problema sobre seu destino político para os tucanos paulistas; ele
deve concorrer pelo partido à única vaga no Senado; mas também pode querer o
lugar de Geraldo Alckmin no governo; novelão nacional termina para começar
folhetim regional
José Serra jogou a toalha. Diante do presidenciável Aécio
Neves, presidente do PSDB, Serra disse, em encontro na segunda-feira 30, em São
Paulo, que vai permanecer no partido, desistindo de concorrer contra o próprio
Aécio dentro ou fora do partido.
A decisão de Serra é uma vitória da estratégia de Aecio
Neves, que vem fazendo reuniões em todo o País com as bases tucanas.
O ex-governador paulista ficou até mesmo sem espaço para
bater o pé a respeito de prévias internas. Para concorrer pela terceira à
Presidência da República, Serra tinha como melhor alternativa sair do PSDB para
migrar, até 5 de outubro, para outra agremiação. O PPS do deputado Roberto
Freire o esperava. Mas Serra, mal colocado nas pesquisas e desgastado pelo
escândalo de corrupção Alstom-Siemens, que abala a seção paulista dos tucanos,
resolveu abrir mão da alternativa.
Depois de provocar muita tensão, ele vai ficar onde sempre
esteve. O que buscará, a partir de agora, é garantir sua candidatura ao Senado
pelo partido. Ou, se for para complicar mais o jogo, dar um chega pra lá no
governador Geraldo Alckmin, que tem direito à reeleição, e tentar disputar
novamente o governo do Estado.
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