Num momento em que se vê à margem da discussão da disputa
pelo governo de Mato Grosso, o PSDB decidiu priorizar o fortalecimento do
palanque para o presidenciável tucano Aécio Neves e a montagem de chapas à
Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. A explicação partiu do
ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, que faz parte da Executiva do PSDB, ao
justificar o fato de os tucanos não terem candidato próprio ao Palácio
Paiaguás, em 2014, pela primeira vez, em mais de duas décadas.
“O PSDB é como todo partido político fora do poder:
definhou. Mas possui uma bela folha de serviços prestados para Mato Grosso e
para o Brasil”, oberva ele. Os tucanos chegaram a ter 68 prefeitos – do total
de 141 – e quase 400 vereadores quando Dante de Oliveira foi governador (1995-2002).
Hoje conta com apenas quatro.
Santos enaltece o governo Dante, considerando-o responsável
por equacionar o problemática energética, trazer o gás natural da Bolívia e
fazer os trilhos da Ferronorte chegar a Mato Grosso. “Ele lançou as bases do Estado
no qual vivemos hoje. Mato Grosso vive um novo ciclo ‘do ouro’. É o boom um
econômico graças ao que foi lançado por Dante”, afiança o ex-prefeito da
Capital.
Em todas as eleições, desde 1990, o PSDB esteve na chapa
majoritária: Luiz Soares (1990), numa candidatura destinada para a construção
da legenda; Dante de Oliveira (1994-98), Antero Paes de Barros (2002-06) e
Wilson Santos (2010). No próximo ano, pela primeira vez, os tucanos ficam fora.
Na disputa pela Presidência da República, o senador mineiro
Aécio Neves possui chances reais de vitória. “É um nome que está aí e o PSDB
está muito bem servido. Vamos construir um palanque forte para Aecio Neves em
Mato Grosso”, emenda Wilson.
“Conseguimos sobreviver em 12 anos de oposição. Agora, vamos
fazer uma campanha franciscana, para eleger dois deputados federais e quatro
estaduais, para tomar novos rumos”, explica Santos, em entrevista exclusiva na
redação do Olhar Direto.
Wilson Santos ainda não decidiu se irá disputar ou não
mandato eletivo, em 2014. E o principal entrave está dentro de sua própria
casa: a esposa Adriana Bussiki e os filhos são contrários à sua volta para a
vida pública. Sem a s profundas olheiras do tempo em que era prefeito, Wilson
cita que teve mais tempo para cuidar da família e não viverá mais “naquela
loucura política”, obrigado a ficar 24 horas por dia se dedicando ao mandato.
E avisa que não disputa mais nenhuma eleição sob pressão.
“Em 2010, eu fui Convocado pelo partido. Intimado! Pressão eu não aceito mais”,
resume.
Wilson Santos revela que retomou à antiga profissão de antes
dos mandatos eletivos: professor. Ele dá aulas de história na rede privada de
ensino, em cursinhos preparatórios para concursos públicos.
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