A revisão das regras para concessão do Aeroporto de Confins
é uma nova demonstração do improviso e das instabilidades que marcam o
relacionamento do governo federal com o setor privado e, infelizmente, mais uma
vez, o povo mineiro é a maior vítima desta errática forma de gestão.
A privatização de Confins é uma necessidade premente para
superar os gargalos que atravancam o desenvolvimento de Minas Gerais. Há anos é
defendida pelo Estado e reivindicada pelo setor produtivo mineiro, mas, apenas
agora, às vésperas de encerrar o terceiro governo do PT, parece que estão se
preocupando com a questão - desabafa Aécio Neves.
O novo adiamento mostra que, mais uma vez, o governo federal
agiu de forma unilateral, sem o necessário diálogo com os setores envolvidos,
sendo, por isso, obrigado agora a rever exigências feitas pela presidente da
República um ano atrás.
Um programa de concessões com a envergadura de que o Brasil
demanda deveria estar ancorado em regras claras, sólidas e estáveis. No
entanto, percebe-se claramente que a base regulatória sobre a qual ele está
alicerçado é movediça, para dizer o mínimo.
Minas tem sido especialmente prejudicada por este histórico
desleixo do governo federal. Já fracassaram este ano as concessões da BR-040 e
da BR-116. Há dez dias, foi a vez da BR-262. Agora, soube-se, por intermédio da
presidente da República, que todo o programa – estão em Minas mais de um terço
dos 7,5 mil quilômetros que serão concedidos – está sob revisão.
Quanto tempo precioso vai se perdendo neste processo, nestas
idas e vindas, neste deplorável modelo de gestão baseado no método de tentativa
e erro. É um tempo que Minas e o país não podem mais esperar.
Esperamos que o leilão de concessão do Aeroporto de Confins,
agora marcado para novembro, traga enfim boas notícias aos mineiros - conclui
Aecio Neves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário