Três efeitos são identificados de imediato em relação aos
presidenciáveis: reforça Eduardo Campos como candidato, afeta o favoritismo de
Dilma Rousseff (PT) e incomoda o provável candidato do PSDB, o senador Aécio
Neves. No entanto, existem algumas questões importantes a considerar.
Após o não reconhecimento pelo TSE do partido Rede
Sustentabilidade, legenda que Marina Silva tentava oficializar, pesquisas
indicaram que as intenções de voto em Marina iriam mais para a reeleição de
Dilma do que para Aécio Neves e Eduardo. Qual será o real impacto da decisão de
Marina no desempenho de Campos?
Em decorrência, devemos considerar o futuro candidato do
PSB. Será que Marina realmente desistiu de concorrer à Presidência? Ou fez um
acordo segundo o qual o desempenho de Eduardo Campos será avaliado daqui por
diante? Evidentemente, caso a transferência de votos não funcione, o desempenho
de Campos como candidato será avaliado. Nesse caso, Marina poderia ser
candidata. Ou, pelo menos, ocupar o lugar de vice na chapa de Eduardo.
Seja como for, a dupla Marina-Eduardo vai fazer um estrago
na cena pré-eleitoral, ainda que o favoritismo de Dilma continue valendo. De
cara, a decisão afeta Aecio Neves, que, como candidato do PSDB, teria mais
chance de chegar ao segundo turno do que os demais nomes oposicionistas.
A aliança entre dois ex-ministros do governo Lula (Marina
foi ministra do Meio Ambiente, e Eduardo, ministro de Ciência e Tecnologia) tem
potencial para quebrar, pela primeira vez desde 1994, a polarização existente
entre PT x PSDB.
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