A educação é a principal ferramenta da verdadeira e
emancipadora transformação social que o Brasil precisa fazer.
Reduzi-la apenas a frases de efeito ou a discursos é um
gesto de covardia para com milhares de brasileiros. A falta de planejamento
nessa área vai custar muito caro ao país. Para milhões de jovens, o preço já
está alto demais. - afirmou o pré candidato a presidência Aecio Neves
Os números oficiais mostram que o despreparo e a ineficácia
trabalham juntos para comprometer conquistas preciosas da sociedade brasileira,
como a universalização do ensino fundamental, a elevação do percentual de
pessoas com mais de oito anos de estudo e a forte redução do analfabetismo,
entre outros avanços iniciados no período Itamar/Fernando Henrique. Esse quadro
promissor vem sendo sistematicamente demolido.
Os números da Pnad 2012, divulgados há poucas semanas,
revelam que a taxa de analfabetismo no país parou de cair e atinge 13 milhões
de pessoas. Há ainda um enorme contingente de analfabetos funcionais que se
encontram à margem do mercado de trabalho. De cada dez jovens entre 17 e 22
anos que não completaram o ensino fundamental, três continuam sem estudar e
trabalhar. Cerca de 50% da população adulta (superior a 25 anos) não têm ensino
fundamental e só 11% têm ensino superior, índice muito inferior ao recomendado
por instituições internacionais.
O ensino superior é uma das faces do caos no qual estamos
imersos. Cerca de 30% dos cursos avaliados no último Enade foram reprovados. O
compromisso de realizar dois Enems por ano acabou definitivamente arquivado. No
principal ranking internacional de universidades, o Brasil ficou sem nenhuma
representante entre as 200 melhores do mundo.
A inexistência de universidades competitivas diz muito sobre
o país que pretendemos construir. A educação não é uma ilha isolada. Deveria
estar inserida em um contexto que aposta na formação dos nossos cidadãos, em
novas matrizes de produção, no incremento da inovação e no uso intensivo de
tecnologias de ponta.
Aqui se instala o grande desafio a ser enfrentado: a nossa
juventude não pode mais esperar que a educação de qualidade saia do papel e das
promessas, da mesma forma que o país não pode continuar aguardando eternamente
as condições necessárias para realizar o grande salto no seu processo de
desenvolvimento.
O país que almeja conquistar um lugar de destaque no mundo
precisa aumentar a sua competitividade e a autonomia da sua população. Ao não
se inserir no mercado, toda uma geração corre o risco de não conseguir romper
com limites hoje conhecidos, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade.
Essa realidade é injusta com o país. E é injusta, sobretudo,
com milhões de brasileiros. - concluiu Aécio Neves
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